sexta-feira, 18 de outubro de 2013

A história das horas

Os homens tiveram muito tarde a ideia de dividir o dia. Para fazer aproximadamente a conta do tempo que havia passado, primitivamente eles se serviam da observação da sombra das árvores; pela manhã, eram os animais domésticos que, pela sua atividade, anunciavam que o dia já começara.

Uma espécie de divisão foi criada na Grécia, pela qual se distinguia a manhã, o meio do dia, o começo da noite e o fim da noite. Os persas, um pouco mais tarde, estabeleceram cinco partes para o dia, a saber: a aurora, que ia do meio da noite até o sair do sol; o tempo do sacrifício, que ia do romper da alva até o meio-dia; a luz-plena, indo do meio-dia até o por do sol; o nascer dos astros e, para terminar, o ciclo ou período das orações.

No começo da era romana, distinguia-se o diluculum ou "ponto do dia"; o mane ou manhã; o ad-meridium, cerca do meio dia; o de meridie, ou depois do meio-dia; o suprema, que correspondia ao por do sol; o prima fax, momento em que se acendia a primeira tocha; o intempesta nox, ou noite profunda; e o gallicinium, marcado pelo primeiro canto do gado. É a esse sistema que devemos as nossas divisões imprecisas de manhã, tarde e noite.

O tempo estando dividido conforme o aspecto do céu, os dias eram desiguais e sua duração variava conforme a estação. Foram os caldeus que, mais ou menos 800 a. C., efetuaram um sistema de divisão independente, no qual o tempo decorrido era medido não mais em relação a posição dos astros, mas relativamente à duração do escoamento da água num relógio hidráulico. O dia, a princípio, foi dividido em 60 horas, cada uma dividida em 60 minutos.

Os hebreus imitaram os caldeus, mas dividiram seu dia em 8 horas apenas, cada uma das quais correspondia a 3 das nossas atuais. O cálculo era feito por especialistas e funcionários do governo que eram encarregados de sair anunciando ao público o começo de cada hora. Esse costume passou até a França, onde, na Idade Média, os vigilantes percorriam as ruas para fazer saber aos moradores locais que era chegada a hora de dormir.

Os caldeus, algum tempo depois, melhoraram sua invenção, pondo de parte as 60 horas e adotando 12 horas, mas mantendo a divisão destas em 60 minutos. A duração de cada minuto foi, assim, sensivelmente aumentada e foi então possível criar um sub-múltiplo, o segundo, que permitiu apreciar a duração do tempo com maior precisão. Logo depois passou-se a contar 12 horas de dia e 12 horas de noite e é esse sistema que, depois de ter sido adotado pelos gregos e romanos, permanece até hoje.

Ele não foi abandonado senão durante a República Francesa, em que se adotou um dia de 20 horas divididas cada uma em 100 minutos.

Para dizer a verdade, minutos e segundos, até o século II, não foram utilizados senão pelos sábios, e pela falta de instrumentos de precisão, a gente do povo se contentava com a hora aproximada dada pelos quadrantes solares. A moda fez voltar o uso da clepsidra, depois que o califa Harun Al Rachid ofereceu um desses relógios de água como presente a Carlos Magno.

Entretanto o relógio solar tinha feito rápidos progressos e houve até alguns de bolso, fabricados pelos gauleses. Eram constituídos por um pequeno disco de marfim de 6 a 7 cm de diâmetro, ostentando um quadrante graduado no qual uma pequena haste, suscetível de ser erguida ou baixada, projetava sua sombra. Na época dos grandes viajantes, fabricavam-se instrumentos mais precisos, dando as diferenças de horas conforme as latitudes.

Esses relógios foram utilizados até o fim da idade Média, época em que apareceram os relógios mecânicos.

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Fonte: Almanaque d'o Tico-Tico - 1957.
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A cura dos cabelos brancos

Um grupo de cientistas anunciou ter descoberto uma forma de "curar" cabelos grisalhos ou brancos com um remédio.

Eles chegaram ao tratamento após descobrir, em 2009, a causa do aparecimento dos cabelos brancos - um processo de envelhecimento conhecido como "estresse oxidativo".

Conforme envelhecemos, nosso cabelo acumula peróxido de hidrogênio (que em solução aquosa é conhecido comercialmente como água oxigenada), um descolorante que tira a cor natural do cabelo.

O tratamento descoberto pelos pesquisadores da Universidade de Bradford, na Grã-Bretanha, e da Universidade de Greifswald, na Alemanha, consegue remover esse peróxido de hidrogênio.

O estudo foi publicado na última edição da publicação especializada Faseb, publicada pela Federação das Sociedades Americanas para Biologia Experimental.

Vitiligo

A equipe de pesquisadores testou o tratamento em um grupo de pacientes com vitiligo, uma doença que provoca a descoloração da pele. O problema é caracterizado pelo surgimento de manchas esbranquiçadas por causa da falta da melanina, o pigmento natural da pele. Os pesquisadores descobriram que a droga, chamada pseudocatalase modificada, é capaz de repigmentar a pele e os cílios de pacientes com vitiligo.

"Por gerações, vários remédios foram produzidos para tentar esconder os cabelos grisalhos, mas agora, pela primeira vez, um tratamento real foi desenvolvido para atacar a raiz do problema", comenta Gerald Weissmann, editor-chefe da Faseb.

Segundo ele, a descoberta é interessante não somente pela possibilidade de reverter o processo de embranquecimento dos cabelos, mas também pelo efeito nos pacientes com vitiligo.

"O desenvolvimento do tratamento efetivo para essa condição tem o potencial de melhorar radicalmente as vidas de muitas pessoas", afirma.

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Fonte: BBC Brasil.
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quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Barbara Bates

Barbara Bates, atriz de cinema, teatro e TV, nasceu em Denver, Colorado, Estados Unidos, em 6/8/1925, e faleceu na mesma cidade em 18/3/1969. Era a mais velha das três filhas de uma funcionária do correio. Enquanto crescia em cidade natal, estudava balé e trabalhava como modelo adolescente em vários desfiles.

A tímida jovem foi persuadida a entrar em um concurso de beleza, no qual foi vitoriosa, recebendo passagens de ida e volta de trem para Hollywood. Dois dias antes de regressar para Denver, foi convidada por Cecil Coan, um agente publicitário da United Artists, para atuar na Sétima Arte, iniciando, assim, a carreira de atriz aos 19 anos de idade.

Em setembro de 1944, Bates firmou contrato com a Universal Pictures depois que Cecil Coan a apresentou ao produtor Walter Wanger. Pouco depois, foi eleita como uma das "Sete meninas Salomé" no drama de 1945 "Salome Where She Danced", protagonizada por Yvonne De Carlo.

Em princípios de 1945, começou a namorar Cecil Coan, seu agente, que se encontrava nesse momento casado e com quatro filhos. Em março desse ano, Coan se divorciou e se casou secretamente com Bates, alguns dias depois.

Nos anos seguintes passou a atuar em pequenos papéis e posando para fotos de revistas como "Yank", "the Army Weekly" e "Life". Foi em uma dessas sessões fotográficas, que chamaram a atenção dos executivos da Warner Bros que a contrataram en 1947. Apareceu com algumas das mais grandes estrelas naquela época como Bette Davis em "June Bride" e Danny Kaye em "The Inspector General".

Em 1949, seu contrato com a Warner Bros terminou quando ela se negou a ir para Nova York para promover o filme "The Inspector General" . Apesar de haver sido despedida pela Warner, foi contratada pela 20th Century-Fox nesse mesmo ano.

Depois de sua atuação em "All About Eve", co-protagonizou em "Cheaper by the Dozen" e "Belles em estado de alerta", com Jeanne Crain e Myrna Loy. Em 1951, obteve um papel junto a MacDonald Carey e Claudette Colbert na comédia "Let's Make It Legal".

Apesar de uma carreira aparentemente de sucesso, sua vida, tanto dentro como fora da tela, começou a declinar com o passar do tempo. Tinha crises de mudança de humor extremos, insegurança, saúde debilitada e uma depressão crônica.

Em 1954, obteve o papel de "Cathy" na NBC, em "It's a Great Life", co-protagonizada por Frances Bavier como sua mãe, Amy Morgan e James Dunn como seu tio "Earl Morgan". Depois de sete episódios, a série foi cancelada devido ao seu comportamento instável e sua depressão.

Bates, então tratou de salvar sua carreira e viajou para a Inglaterra para buscar trabalho. Continuou emocionalmente instável para trabalhar e em 1957, seu contrato com a Organizacão Rank foi cancelado. Sua última aparição na tela foi na série "The Saint" que saiu do ar em novembro de 1962.

Em 1960, junto com seu marido se mudaram de novo para os Estados Unidos, conseguindo um apartamento em Beverly Hills. Mais tarde, nesse mesmo ano, foi lhe diagnosticado câncer. Bates permaneceu dedicada ao seu marido e raras vezes saia de sua cama, mas o esforço era demais para ela. Tentou se suicidar cortanto os pulsos e foi encaminhada com urgência ao Cedars-Sinai Hospital, onde se recuperou.

Em janeiro de 1967, o marido de Bates, Coan Cecil, morreu de câncer. Devastada por seu falecimento, caiu ainda mais na depressão. Nesse ano ainda, mais tarde, voltou para sua cidade natal, Denver, retirando-se definitivamente do cinema.

Durante um tempo, trabalhou como secretária e ajudante em um hospital. Em dezembro de 1968 se casou pela segunda vez com um amigo de infância, o esportista William Reed. Apesar de seu novo matrimônio, Barbara estava cada vez mais abatida e deprimida.

Em 18 de março de 1969, poucos meses depois deste casamento, Barbara Bates se suicidou na garagem de sua mãe, se envenenando com monóxido de carbono. Tinha 43 anos de idade.


Filmografia

1945: Strange Holiday.............. Peggy Lee Stevenson
1945: Salome Where She Danced .......... Salmone versión niña
1945: Lady On a Train
1945: This Love of Ours ......... Sra. Dailey
1945: The Crimson Canary ............ Chica
1946: A Night in Paradise ........... Palace Maiden
1947: The Fabulous Joe ........... Debbie Terkel
1947: The Hal Roach Comedy Carnival ........... Debbie Terkle
1947: Always Together ........... Ticket Seller
1948: April Showers ........... Secretaria
1948: Romance On the High Seas .......... Azafata
1948: Johnny Belinda ........... Gracie Anderson
1948: June Bride ........... Jeanne Brinker
1948: El burlador de Castilla (Adventures of Don Juan)
1949: One Last Fling ............ June Payton
1949: The House Across the Street ........... Beth Roberts
1949: The Inspector General .......... Leza
1950: Quicksand ............ Helen Calder
1950: Cheaper by the Dozen ............ Ernestine Gilbreth
1950: All About Eve .............. Phoebe
1951: I'd Climb the Highest Mountain ........ Jenny Brock
1951: The Secret of Convict Lake ........ Barbara Purcell
1951: Let's Make It Legal ............ Barbara Denham
1952: Belles on Their Toes ......... Ernestine Gilbreth
1952: The Outcasts of Poker Flat ......... Piney Wilson
1953: All Ashore ........... Jane Stanton
1953: The Caddy ............ Lisa Anthony
1954: Rhapsody ............ Effie Cahill
1956: House of Secrets ............ Judy Anderson
1957: Town on Trial .......... Elizabeth Fenner
1958: Apache Territory ........ Jennifer Fair

Televisão

1953: The Revlon Mirror Theater, no episódio "Summer Dance"
1954 /1955: It's a Great Life ......... Cathy "Katy" Morgan
1955: The Millionaire... Marian no epis. "The Uncle Robby Story"
1955: Studio 57 ........Elaine Hilton no episódio: "Tune Night"
1962: The Saint....Helen Ravenna no epis. "The Tourist Loaded"

Fonte: Traduzido da Wikipedia.
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